
E estava a "jogar em casa", já que moro muito perto da Costa da Caparica.
Pus como objectivo melhorar a minha marca na distância, 47m31s no Memorial Francisco Lázaro, se possível baixar mesmo os 47 minutos.
O dia estava óptimo, frio e sol, mas com um ventinho nada agradável. Sabia o que esperar já que treino regularmente na maior parte do percurso da prova.
Depois do aquecimento posicionei-me muito perto da cabeça do pelotão. Disse ao Zeca e ao Hélder (os compinchas desta vez) que queria começar à frente para evitar atletas com ritmos mais lentos. E resultou.
A partida foi dada e arranquei forte, embalado pelos ritmos rápidos da cabeça do pelotão. Perdi o Hélder logo no inicio, o que já sabíamos que iria acontecer visto o ritmo dele ainda não ser este, ficando só com o Zeca. Os primeiros 500m foram feitos em cima dos 4:10 min/Km.
Percebe-se bem a areia acumulada |
E assim foi... mas pouco. O vento fez-se sentir e as zonas com muita areia fizeram perder algum tempo, mas para minha surpresa, tirando o 4º Km que baixei para perto dos 4:40 min/Km, os restantes foram feitos quase no mesmo ritmo que os anteriores. Talvez a presença da família tenha dado uma forcinha extra. Sabe tão bem...
No 5º Km o Zeca arrancou. Não arrisquei e mantive o meu ritmo. Nunca tinha "andado" nestes ritmos e não queria abusar. Tinha receio de "dar o berro".
No inicio do 9º Km e, aproveitando uma ligeira descida, embalei. Embalei e bem.
Cheguei muito perto de 4:15 min/Km e a fazer contas. Talvez ainda dê para baixar os 45 minutos.
Mas não deu... apesar do ritmo vivo. Quando percebi que não dava deixei-me rolar, a pensar no pouco que devia ter sido preciso para lá chegar. Mas praticamente não abrandei, mesmo (aparentemente) sem forçar, e quase nem vi o Zeca quando o apanhei já no último quilometro, não fosse ele fazer uma diagonal rápida para se juntar, desta vez até à linha de meta.

Quanto à organização, gostei. Não detectei falhas de maior, exceptuando talvez a questão que já referi no abastecimento.
Mas a culpa não me pareceu totalmente da organização. A mim não me custou muito apanhar uma garrafa do chão, mesmo no meu ritmo "olímpico". Mas o que é facto é que muitos abrandavam e quase paravam para receber uma garrafa das mãos do rapaz e eram incapazes de apanharem uma garrafa do chão com tantas que estavam caídas.
Próxima prova, Lezírias.
Até lá, boas corridas!!!