segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Estou de volta!

Como estão os meus amigos, companheiros deste imenso alcatrão?
Pois é, estou de volta!
Nos últimos meses as corridas foram quase nulas por motivos variados. Desde dores físicas (joelhos e pés) a dores mentais (preguicite aguda!), tudo foi impedimento para que pusesse os ténis a apanhar ar.
Mas já chegava! Estava na hora de meter este rabo gordo a mexer!
Quando retomei a minha rotina, os primeiros treinos foram de morte, está certo que nunca tinha corrido mais de 10km, mas correr 3km e ficar para morrer deixou-me muito desiludida.
Felizmente não demorou muito até voltar à antiga forma (quem não me conhece até pensa que sou uma grande atleta… J).
1ª prova de 10km desta nova fase feita!
Como correu? Muito bem! Não foi o meu melhor tempo aos 10Km (sempre quis dizer isto J), mas consegui fazer  tudinho a correr.
Terminei a Corrida do Tejo com um tempo de chip de 1h23m32s, o que para mim é um espectáculo!
Aqui fica o meu breve resumo da prova, já que tanto se tem falado…
  • Oferta de dorsais, óptimo!
  • Levantamento dos dorsais sem filas, perfeito!
  • T-shirt não me servia, consegui trocar antes da prova, continuamos bem…
  • T-shirt SUPER amarrotada, mas por onde andaram? Está certo que não temos que ir fazer uma corrida todos engomadinhos, mas estava de meter medo. Resultado, tive que passar a ferro antes de uma prova, um castigo!
  • Início da prova sem problemas, consegui começar a correr ainda antes de passar os pórticos de partida, o que nem sempre me aconteceu.
  • Percurso da prova muito agradável, poucas subidas mas as suficientes para passar uma ou outra velhota que insistia em andar mais rápido do que eu corria.
  • Aqui fica um agradecimento aos meninos do Ultra Runners que estavam numa carrinha no km 8 e que ainda fizeram uns metros comigo a darem-me força. Toda a gente ficou a saber o meu nome, sem problema, só dispensava os apitos nos ouvidos, mas foram uns queridos! Não sei quem são, mas aqui fica o meu obrigada para todos eles!
  • Quero também agradecer ao Pedro por ter feito a fase final da prova comigo. Não sei o que se passa comigo mas assim que vejo as metas fico tão cansada que quase desisto.
  • Achei muito fraquinho o pós-prova, para mim que vinha quase a desfalecer, que já nem via bem, espetarem-me com uma garrafa de água minorca, uma maça, uma medalha e 10 folhetos de provas tudo nas mãos num espaço de 10 segundo não foi agradável.
  • Mais uma vez agradeço ao Pedro, desta vez por ter feito de prateleira enquanto eu tentava não desmaiar nos alongamentos.
  • Como tínhamos deixado o carro na estação de Oeiras, apanhámos o autocarro cedido pela organização, bastante rápido, ponto positivo!
    Faltam 50m, 40m... 

Como em todas as provas existem pontos positivos e pontos negativos, e para mim esta prova leva pontuação final positiva.

Futuras provas já inscrita:
Quem vai?
Agora não posso parar!!!

Beijinhos e boas corridas!
Carla

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A Corrida do Tejo e outras coisas de interesse relativo (atenção que hoje é longo e controverso)

Primeiro que tudo, e para que não restem dúvidas, gosto muito de correr a Corrida do Tejo.

Posto isto vamos por partes.

Quando comecei a correr em Agosto de 2010 não pensava entrar neste mundo como entrei. Inicialmente a ideia era só perder uns quilinhos e nem pensava sequer em provas.
Depois de alguma evolução em Abril de 2011 surgiu a primeira oportunidade de entrar numa prova, na altura a 6ª Corrida do Benfica. Foi giro, gostei e pronto.

31ª Corrida do Tejo
2011

Nas semanas seguintes, em função de algumas lesões e das férias de Verão, o ânimo diminuiu, mas depois
das férias voltei aos treinos. As lesões já eram e evolução foi notória.
E em Outubro de 2011 apareceu a Corrida do Tejo, na altura a 31ª edição. Foi o clique que faltava.
Desde aí a assiduidade nas provas de estrada foi sempre aumentando. O único senão começou a ser o valor das inscrições.

Com a frequência de provas e com a informação que me foi chegando comecei a gerir de uma forma mais racional a ida a provas, nomeadamente a “oferta” que a prova nos fornecia, seja o percurso, a organização, a localização, etc.

Em meados de 2012 já tinha bem definidos os meus critérios de escolha das provas e um deles pôs de parte as várias “Corridas do Tejo” que por aí andam, dar 14€, 15€ ou 16€ para provas de 8 Km ou 10 Km estava fora de questão, infelizmente.

Mas este ano, nós e mais alguns bloggers, recebemos amavelmente por parte dos novos organizadores a oferta de dorsais para a 33ª Corrida do Tejo.
E aqui deixo o nosso agradecimento pelo facto.

Ora, se fiquei satisfeitíssimo com este facto também fiquei algo apreensivo por ter agendado para o dia da prova o último treino longo na preparação para a Maratona de Lisboa.
Ainda pensei aproveitar a prova como parte do treino longo mas rapidamente pus essa ideia de parte. Não sou nada apologista de fazer pausas nos treinos, muito menos os específicos ou os longos, para mim é para fazer e pronto, ainda para mais numa prova com uma afluência brutal de atletas o que tornaria essas pausas bastante demoradas, fosse no inicio ou fosse no final.
Então decidi fazer o treino longo no sábado e a prova no domingo. Simples.

O último "longão"
Sobre o treino, muito resumidamente, foram 33 Km em bom ritmo, marginal fora, desde Algés até São João do Estoril e regresso, em 3h09m.
A média geral do treino foi de 5:44 min/Km. Mesmo com os primeiros Km’s mais lentos e com 400 metros de marcha no 16º Km para comer, não deixou de ser um óptimo treino. E de mochila carregada.
Mais uma vez confirmei que a grande dificuldade de treinar para uma maratona não é o físico mas sim o psicológico. Mas isso também se treina.

Como curiosidade, tenho andado numa fase de teste de umas perneiras de compressão. Não as levei, acabei bem, à tarde não estava muito pior que um simples treino de 10 Km e no dia seguinte quase não tinha vestígios do treino. Acho que as perneiras vão ser um acessório (quase totalmente) dispensável.

Em relação à prova, tinha decidido acompanhar o Diogo na sua 2ª prova. O peso extra do treino longo poderia não permitir grandes ritmos e o facto de ir com o Diogo não iria deixar que caísse na tentação de acelerar.

Os Bip-Bip's presentes, só falta
a Marta.
Mesmo neste aglomerado de gente vestida de igual ainda conseguimos ver bastantes caras conhecidas que não vou mencionar para não me esquecer de ninguém.

Apesar da enchente inicial já esperada conseguimos manter um ritmo bastante interessante desde a partida, chegando mesmo a andar perto dos 5 min/Km com alguma regularidade. Com o passar dos Km’s e com o Diogo a sentir-se bem o ritmo foi aumentando gradualmente até ao último Km que baixámos os 4:30 min/Km.
Terminámos em 51m25s (tempo de chip) com uma média geral de 5:09 min/Km.

Depois de sairmos da zona da meta, e depois de uns alongamentos, voltámos para trás em busca da Carla.
Ainda fiz alguns metros com o João, a Isa e a Marta para dois dedos de conversa e depois lá veio a Carla, bem disposta, e acabámos por fazer o último Km juntos.
Não vou falar da prova nem dos tempos da Carla. Ela que fale. ;)

Sem comentários, a expressão diz tudo.

Mais fotos aqui.

Agora vem a parte da controvérsia, a organização e afins.
Vou opinar sobre o ponto de vista pagante e não como quem correu de borla como foi o nosso caso.
Como disse no inicio adoro correr esta prova, no entanto:

Pontos negativos:
1. O percurso é lindíssimo mas na véspera fiz 3 vezes mais distância no mesmo percurso e de borla. Já não é um trunfo o facto de se correr na marginal.
2. Até gostei da t-shirt e da sua qualidade. Será esta a justificação para tanto valor?
3. Continuam a haver caminhantes (com carrinhos de bebé, cães, etc.) a partir bem na frente do pelotão, inclusive com acesso ás caixas de partida. Não será possível identificar os caminhantes e colocá-los no fim do pelotão?
4. No final foi dada uma peça de fruta e uma água de 33cl (e uma medalha gira). A mim não me fez nenhuma diferença mas há atletas que os 10 Km da prova é muito no limite das suas capacidades. Numa inscrição deste valor e com tantos patrocínios não será possível oferecer mais qualquer coisita (água e/ou comer)? Nem um saquinho do Continente para pôr as ofertas e os folhetos?
5. (...)

Pontos positivos:
1. A prova, o percurso e o ambiente envolvente.
2. Três abastecimentos (2 durante e 1 no final da prova)
3. Os autocarros de transporte para a estação de Oeiras foram rápidos sem grande tempo de espera... e de borla.
4. (...)

Outros:
1. O comboio este ano foi pago... foi?
De facto, nas últimas edições (não sei se desde sempre) nunca se pagou o comboio. Mas reclamar por se pagar 1€ por um bilhete de ida-e-volta (que no meu caso foi menos de um terço do valor real do bilhete) depois de se pagar o elevado valor da inscrição parece-me um pouco descabido.
Além disso em praticamente todas as provas do calendário pagam-se bilhetes de transporte, estacionamentos e gasolinas e não é por isso que deixamos de ir a provas.
2. Reclamar das longas filas para “comprar” o bilhete do comboio no dia da prova quando este poderia ser comprado no acto de levantamento do kit não me parece de bom tom. Custa-me a acreditar que alguém pensou que chegava à estação ás 9 horas ou mais tarde e tinha uma bilheteira só para si. O meu tempo de espera foi... zero!
3. Custa-me ler comentários como "burros os que pagam para fazer estas provas" ou "eu não sou como aqueles estúpidos". Onde acaba o direito de opinião, a critica ou até mesmo o racionalismo e começa a ofensa e a falta de educação? 
4. Acho que havia mais a dizer mas agora não me lembro.

PS: O que digo em cima é a minha opinião e não a razão. Longe de mim criticar quem paga para lá estar ou a organização que cobra este valor. A minha postura é “se não concordo não vou”, sempre respeitando quem pense ou faça diferente.

Agora que alguns já me chamaram uma data de nomes feios termino a fase da polémica.
Em jeito de resumo gostei da prova, mas pelo valor pedido, infelizmente, não a tornarei a fazer. A não ser que venha a ser rico. ;)

Boas corridas para todos!!!




quinta-feira, 12 de setembro de 2013

As Lampas com recuperação activa, Avante!



Pelo 2º ano consecutivo fui até São João da Lampas para a Meia-Maratona local, uma das provas que mais
gozo me dá fazer.
Este ano, em função da preparação para a nova Maratona de Lisboa, iria abordar esta prova com mais competitividade que no ano passado mas sempre com perfil de treino.

Desta vez levei também a Carla e o filhote para a mini-maratona que, juntamente com a Marta, fomos os Bip-Bip Runners presentes.

O trio com o Miguel antes da partida.
Depois da confraternização e dos preparativos habituais fui aquecer com o Miguel, que viria a ser a minha companhia durante toda a prova.

O ambiente, como é hábito, era qualquer coisa de espectacular, único.

À hora marcada lá seguimos caminho.
Como estávamos bem colocados à partida o ritmo inicial foi bem vivo. Apesar de irmos bem descontraídos os primeiros 5 Km foram feitos abaixo dos 25 minutos.

A partir daqui acabaram-se as facilidades.
Sobe e desce, desce e sobe, sobe muito e desce pouco, sobe pouco e desce muito, foi uma alegria.
As caras conhecidas eram mais que muitas o que ajudava na evolução. Mesmo assim a cumplicidade com o Miguel foi óptima e como o nosso ritmo é muito idêntico acabámos por nos motivarmos mutuamente.

Durante o percurso o habitual, muita gente a apoiar, os celebres chuveiros nas estradas para nos refrescar e as subidas sempre a fazerem-se notar, só para o caso de nos distrairmos.

Num dos abastecimentos.
Aos 12 Km a passagem pela zona da meta, o que para muitos é um factor de desmotivação. Mas não para
nós. Continuámos no nosso ritmo vivo (o possivel) e sempre na “palheta”.

Pouco depois dos 18 Km começámos então a descer para a meta o que nos permitiu aumentar um pouco o ritmo mas só até ao ponto de descompressão sem nunca forçar.

Terminámos com 1h52m08s (tempo Garmin), menos cerca de 12 minutos que na edição do ano passado. E sem forçar muito conseguimos manter-nos sempre abaixo dos 6 min/Km mesmo nos Km’s mais duros.

Quanto à organização, encabeçada pelo amigo Fernando Andrade, pode não ter sido perfeita, mas pouco faltou. Nada tenho a apontar.
Policiamento, abastecimentos, vários brindes no final, t-shirt técnica, gelados, melancia, boa disposição... tudo muito perto da perfeição.

Depois da recuperação veio o belo churrasco organizado pelo pessoal do Portugal Running.

Mais fotos aqui.

Foi uma tarde fantástica.






A recuperação activa foi feita, tal como no ano passado, na Corrida do Avante.
Inscrições gratuitas, perto de casa e percurso agradável são aspectos que torna irrecusável a presença nesta prova.

Fui com o Diogo que foi fazer a sua estreia em provas de estrada. E que bela estreia.

Foi com um pelotão bem preenchido que partimos para uma voltinha bem agradável à baia do Seixal.
Começámos lentos para sentirmos o ambiente e ajudar o Diogo a descomprimir.
No 2º Km lá aumentámos o passo para o ritmo previsto inicialmente, perto dos 5:30 min/Km.

Até aos últimos 2 Km’s não houve grande história. O ritmo ia constante e as conversas com os amigos ajudavam a descontrair.

Aos 9 Km’s o Diogo quis abrir um pouco a passada. Ele estava bem e queria um pouco mais.
Foi sempre a evoluir ao ponto de fazermos o último Km abaixo dos 4:30m e atingirmos o objectivo a que me tinha (secretamente) proposto para a estreia do Diogo, baixarmos a hora. E conseguimos.
Terminámos com 59m54s (tempo Garmin).

Com o Diogo antes da partida.

A organização esteve bem acima das expectativas para uma prova gratuita com abastecimentos a meio e no final da prova, t-shirt (de algodão) e diploma de participação que valia a entrada na Festa do Avante.

Foi, de facto, um fim-de-semana de Festa!

Boas corridas!!!