segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

XXIII Grande Prémio do Fim da Europa

Dizem que é uma das provas mais bonitas do nosso calendário. E dizem que é uma das provas mais duras do nosso calendário. E dizem que tem as piores subidas das provas do nosso calendário.
Por tudo isto e muito mais, e depois de ter falhado a versão "pirata" do ano passado, tive que ir ver e sentir tudo isto que dizem.

Hélder, as boleias António e Zeca,  Ricardo e eu

Depois de finalizada a logística do transporte chegámos a Sintra debaixo de uma chuva que já durava há umas horas.
Começamos um aquecimento tímido interrompido aqui e ali para cumprimentar os amigos e tirar umas fotos. Sem dar por isso a chuva tinha parado... e de vez, não mais teríamos a sua companhia.

À hora marcada dá-se a partida.
Deve ser das poucas provas que o começo é logo a subir, a subir para não mais parar durante os primeiros quilómetros. Curiosamente foi a prova que participei que o silêncio imperou. A concentração era tal que nem parecia que íamos umas largas centenas de alminhas a subir a serra. E quem falava podia ser ouvido a uns bons metros.

O "serpentear" dos atletas
serra acima
O ritmo não era mau para a dificuldade. Apesar de haver atletas a caminhar desde o primeiro quilómetro consegui manter um ritmo curioso e bastante calmo, a ver o que aí vinha. Com a companhia das minhas boleias lá fui subindo a serra.

Apesar do nevoeiro que foi aparecendo à medida que íamos subindo, a paisagem era bastante agradável, uma beleza ímpar, excepto algumas zonas bem devastadas pelo temporal. Felizmente a organização não se poupou a esforços para que tudo estivesse impecável à hora da prova. Um grande e louvável trabalho.
No próximo ano pode ser com céu limpo, sff. Só para variar.

Entre o 4º e o 10º quilómetro não houve muita acção, tirando as várias passagens por amigos e conhecidos que puxava umas palavras de ocasião. Mesmo assim já esboçávamos um ritmo bem vivo quando o terreno o permitia.

Quase na meta a 3:50 min/Km
No 10º quilómetro veio a já esperada subida, uma subida que, para um mero atleta de pelotão como eu, era tudo menos normal, e eu até gosto de subir. Quase parecia um "muro de lamentações" tal era a quantidade de atletas a andar logo desde o inicio e a resmungar ou mesmo a desabafar palavrões de ocasião.

Tive que reduzir o ritmo e descolar das minhas boleias. Era suicídio acompanhá-los, não iria conseguir durante muito tempo e não ficaria em muito bom estado para o resto da prova.
Pus o meu ritmo, sem pressas (consegui não ultrapassar os 6 minutos naquele quilómetro) e no cimo voltei à passada que trazia, um pouco mais rápida só até apanhar as boleias.
Daqui para a frente era tudo a descer, cerca de 6 Km. Fui embalando ao ritmo possível  sempre com cuidado para não embalar demais. Mas pouco depois já íamos largados. Só pensava em não me distrair para não escorregar, íamos praticamente sempre abaixo dos 4:30 min/Km em piso molhado.

The End... p'ró ano há mais.
Quando por volta dos 14 Km entrámos na Estrada do Cabo da Roca sabia que já não faltava muito. Mantivemos o ritmo até cerca de 500 metros da meta, altura em que demos um pouco mais conseguindo mesmo baixar os 4:00 min/Km.


Terminei com 1h28m47s o tempo Garmin e 1h29m41s o tempo de chip. Ritmo médio de 5:20 min/Km.

Uma óptima prova, bem organizada, com percurso fantástico e dificuldades bem apetitosas.
É daquelas que não se pode falhar... NUNCA!!!

Boas corridas!!!




quinta-feira, 17 de janeiro de 2013